Em outubro, os preços das carnes aumentaram 5,8% comparado a setembro, sendo essa a principal contribuição para a inflação dos alimentos no mês anterior, que registrou um crescimento de 1%, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicadas nesta sexta-feira (8).
Os principais destaques foram os seguintes cortes de carne: acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Como resultado, a inflação dos alimentos em casa aumentou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mês de outubro registrou uma alta de 0,56%, superando em 0,12 ponto percentual a taxa de setembro, que foi de 0,44%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta um crescimento de 3,88%, enquanto nos últimos 12 meses esse aumento chega a 4,76%, o que é superior aos 4,42% registrados no período anterior de 12 meses. Em outubro de 2023, a variação havia sido de 0,24%.
Entre os nove segmentos de produtos e serviços analisados, dois se destacaram e impactaram mais os resultados de outubro: Habitação (1,49%) e Alimentação e Bebidas (1,06%), ambos com uma contribuição de 0,23 pontos percentuais. Os outros grupos apresentaram variações que foram desde uma queda de 0,38% em Transportes até um aumento de 0,70% em Despesas Pessoais.
Dentro do setor de Habitação (1,49%), a variação foi principalmente afetada pelo aumento nas tarifas de energia elétrica para residências (4,74%), devido à implementação da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$7,877 a cada 100 kWh consumidos a partir de 1º de outubro. Também foram observados os seguintes ajustes nas tarifas: Goiânia (9,62%), com um incremento de 4,97% a partir de 22 de outubro; Brasília (5,49%), que teve uma queda de 2,98% a partir da mesma data; e São Paulo (6,00%), com uma diminuição de 2,88% em uma das distribuidoras a partir de 23 de outubro.
Na categoria de Alimentos e Bebidas (1,06%), os preços dos alimentos consumidos em casa aumentaram de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. Notou-se uma elevação nos valores das carnes (5,81%), com ênfase em cortes como acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Também houve incrementos significativos no preço do tomate (9,82%) e do café moído (4,01%). Por outro lado, as quedas mais expressivas foram observadas na manga (-17,97%), no mamão (-17,83%) e na cebola (-16,04%).
A alimentação consumida fora de casa (0,65%) apresentou uma variação maior em comparação ao mês anterior (0,34%). O subitem referente às refeições subiu de 0,18% em setembro para 0,53% em outubro, enquanto o lanche passou de 0,67% para 0,88%.
No setor de Transportes (-0,38% e -0,08 p.p.), o desempenho foi afetado, sobretudo, pelas tarifas de passagens aéreas (-11,50% e -0,07 p.p.). O transporte ferroviário (-4,80%), o metrô (-4,63%), os ônibus urbanos (-3,51%) e a integração do transporte público (-3,04%) também impactaram negativamente o desempenho do grupo, devido às isenções oferecidas à população durante os dias das eleições municipais. Quanto aos combustíveis (-0,17%), o etanol (-0,56%), o óleo diesel (-0,20%) e a gasolina (-0,13%) tiveram redução nos preços, enquanto o gás veicular (0,48%) registrou um aumento.
No segmento de Saúde e cuidados pessoais (0,38%), o item referido como plano de saúde registrou um aumento de 0,53%. Foram implementados ajustes que haviam sido aprovados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os contratos firmados antes da Lei nº 9.656/98, com efeitos retroativos desde julho. Assim, no IPCA de outubro, foram contabilizadas as partes mensais dos planos antigos correspondentes a julho, agosto, setembro e outubro.
No âmbito regional, a variação mais expressiva foi observada em Goiânia, que registrou um aumento de 0,80%, impulsionado pelo crescimento nos custos de energia elétrica residencial, que subiu 9,62%, e pelo preço do contrafilé, que aumentou 6,53%. Em contraste, a menor variação foi em Aracaju, com apenas 0,11%, devido às quedas nos preços da gasolina, que caiu 2,88%, e das passagens de ônibus urbano, que diminuíram 6,22%.
Para a análise mensal, foram confrontados os preços obtidos entre 28 de setembro e 29 de outubro de 2024 (período de referência) com os preços válidos entre 30 de agosto e 27 de setembro de 2024 (período base). O indicador, calculado pelo IBGE desde 1980, contempla famílias com rendimento monetário que varia de 1 a 40 salários-mínimos, independentemente da origem desse rendimento. Abrange ainda dez regiões metropolitanas do Brasil, além das cidades de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
O INPC registrou um aumento de 0,61% em outubro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou um aumento de 0,61% em outubro, superando em 0,13 pontos percentuais o resultado de setembro, que foi de 0,48%. No acumulado do ano, o INPC apresenta uma elevação de 3,92%, enquanto nos últimos 12 meses essa alta alcança 4,60%, cifra que está acima dos 4,09% observados nos doze meses anteriores. Em outubro de 2023, a taxa se posicionou em 0,12%.
Os itens alimentares (1,11%) apresentaram uma elevação nos preços pelo segundo mês seguido, subindo de 0,49% em setembro para 1,11% em outubro. Em contrapartida, a variação dos produtos não alimentícios (0,45%) foi inferior ao resultado de setembro, que foi de 0,48%.
Em relação aos índices regionais, Goiânia apresentou o maior aumento (0,94%), impulsionado pelo preço do tomate (26,88%) e pela energia elétrica residencial (9,76%). Por outro lado, Aracaju teve a menor variação, com um aumento de apenas 0,09%, devido à queda nos preços do transporte coletivo urbano (-6,22%) e da gasolina (-2,88%).
Para determinar o índice do mês, foram analisados os preços obtidos entre 28 de setembro e 29 de outubro de 2024 (referência) em comparação com os preços registrados de 30 de agosto a 27 de setembro de 2024 (base). Desde 1979, o IBGE é responsável por esse cálculo, que é direcionado às famílias que têm rendimento mensal variando entre 1 e 5 salários mínimos, com um chefe de família que trabalha como assalariado. O estudo abrange dez regiões metropolitanas, além das cidades de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
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