Identificar uma situação de violência contra a mulher, enfrentá-la e detê-la antes que evolua para um feminicídio, que é um ato de extrema violência de gênero. Essa é a principal ideia transmitida pela campanha "Feminicídio Zero - Nenhuma forma de agressão contra a mulher deve ser aceita", divulgada hoje pelo Ministério das Mulheres.
Comemoramos o 18º aniversário da Lei Maria da Penha, em meio ao "Agosto Lilás", um mês dedicado à conscientização sobre a violência contra as mulheres.
Mês do Agosto Lilás, destinado à conscientização sobre a violência contra a mulher, o número de casos na Justiça envolvendo mulheres vítimas está aumentando no Brasil. Essa tendência também é observada em São Paulo e em algumas cidades da região de Campinas, conforme apontado pelo DataJud, que reúne estatísticas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Mesmo com números preocupantes, há indícios de que mais mulheres estão se encorajando a denunciar os abusos que enfrentam.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) registra casos ligados a agressões contra mulheres, como violência doméstica, violência psicológica, agressão física, feminicídio e estupro. Todos esses delitos tiveram um aumento de ocorrências entre 2022 e 2023 no Brasil. O número total de novos casos nos tribunais aumentou de 666 mil para 789 mil, representando um incremento de 18%. Nos primeiros seis meses de 2024, já havia um total acumulado de 409 mil processos em tramitação.
A maioria dos incidentes está relacionada à violência doméstica, que apresentou um aumento de 13%, passando de 605 mil para 686 mil casos. De janeiro a junho de 2024, o total acumulado é de 347 mil. Os processos na Justiça por violência psicológica contra mulheres aumentaram em 155% de 2022 para 2023, saindo de 7 mil para 20 mil novos casos registrados. No primeiro semestre de 2024, já foram registradas 13 mil ações.
Violência contra a mulher no estado de SP
No território paulista, houve um aumento de 29,31% no número de casos relacionados à violência contra mulheres entre 2022 e 2023, indo de 70.222 para 90.802 registros.
Apenas nos primeiros seis meses deste ano, foram registradas 49.048 novas ocorrências.
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