A ansiedade é muito natural e acontece na vida de todos. Na fase infantil, ela não é diferente e no período escolar ela pode surgir, por exemplo, nos dias de prova. Por isso, os pais devem ficar atentos para ajudar seus filhos a passarem por esses desafios de uma forma saudável.
A psicóloga Daniely Baldini explica quais questões podem desencadear esse desconforto na criança. “Vários fatores podem causar ansiedade em crianças, como o ambiente em que estão inseridas (um lugar estressante com brigas, cobranças ou pessoas ansiosas), nascimento de um irmão, dificuldades na aprendizagem, bullying e presenciar eventos traumáticos, como acidentes ou a morte de alguém próximo”, relata.
A mudança no comportamento é um dos pontos que os pais devem observar na criança. Baldini esclarece alguns desses sinais possíveis dos pais perceberem. “A ansiedade pode manifestar-se de várias formas, desde sintomas discretos até preocupantes. Esses sinais incluem: sensação de "frio na barriga", sudorese, roer unhas, dor de cabeça, dor abdominal, vômitos, alterações nos hábitos alimentares, irritabilidade, mudanças no sono, dificuldade de concentração, aumento do medo, dores físicas, entre outros”, disse.
Por isso, saber como conduzir nesses momentos é essencial para ajudar a criança a ter seus dias mais saudáveis. Baldini passa algumas dicas para os pais trabalharem a ansiedade nos filhos em casa. “Os pais podem auxiliar seus filhos a lidar com a ansiedade implementando uma rotina consistente, o que proporciona previsibilidade. Reduzir o uso de telas é importante, já que a tecnologia pode aumentar a impaciência das crianças.
É crucial que os pais ouçam e levem em consideração os sentimentos das crianças, mesmo que pareçam simples ou irrelevantes. Além disso, exercícios de relaxamento, como alongamentos e técnicas de respiração, ajudam a acalmar corpo e mente. Um exercício útil é imaginar cheirar uma flor e soprar uma vela acessa com os olhos fechados, respirando profundamente e soltando o ar lentamente para relaxar. Repetir esses exercícios até sentir o corpo mais relaxado pode ser benéfico”, explica.
Entretanto, há casos em que se requer um atendimento de um profissional especializado para que a criança tenha um desenvolvimento melhor nessa fase tão importante para o seu crescimento. Baldini alerta quando a ansiedade infantil passa a ser um caso de tratamento médico. “A ansiedade em si não é negativa, mas em excesso pode se transformar em um transtorno de ansiedade. A
ansiedade saudável nos mantém alerta, observadores e motivados. Por outro lado, um transtorno de ansiedade pode fazer com que a criança perca o controle dos pensamentos e manifeste sintomas, como mencionados anteriormente. Os pais devem buscar ajuda de um especialista, como psicólogo ou médico, quando o excesso de ansiedade está prejudicando o desenvolvimento físico, mental ou social da criança”, finaliza.
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