A jornada do autoconhecimento é uma viagem sem volta. Quanto mais se caminha para dentro de si e de sua história, maior é o grau de transformação e de possibilidades de mudança no padrão de comportamento e da visão que se tem de sua vida e de tudo à sua volta.
Segundo Carl Jung: “Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta!” O quão sincero(a) você tem sido consigo mesmo a seu respeito? No caminho percorrido do autoconhecimento, sempre haverá flores e espinhos, portanto, não se engane se durante sua jornada você enxergar apenas o caminho florido ou apenas o caminho espinhento. Se estiver se percebendo num desses caminhos, possivelmente sua visão e compreensão acerca de si está distorcida.
Não adianta investigar o que há dentro de você apenas enxergando tudo o que há de bom e bonito, como que mascarando e evitando suas sombras. Da mesma maneira, também não é recomendado mergulhar apenas em sua escuridão. Temos que reconhecer e dimensionar, o mais fielmente possível, ambos lados, ou seja: virtudes e fraquezas.
Uma das estratégias mais eficazes e simples para iniciar essa jornada é se perguntando e observando o que você pensa e sente em relação aos outros.
Ouvir o que os outros dizem, nos dá mais informações sobre a personalidade, o caráter e a posição daquele sujeito. Através do que o outro nos revela, de como ele se comporta e até observando o que ele deixa de dizer ou de fazer, podemos entender muito a seu respeito. Assim também o é conosco. Observando cada atitude e palavra nossa, ou cada silêncio e cada sentimento que nos é despertado saberemos mais sobre como funcionamos.
Aquilo que nos incomoda no outro e no mundo, dirá muito a nosso respeito. Assim também aquilo que nos satisfaz, nos encanta. Através de um simples comentário ou gesto, podemos saber se estamos sentindo preconceito, medo, nojo, carinho, admiração, enfim, tudo aquilo que conseguirmos observar em nós, será um fato, uma sentença a nosso respeito.
Nesse ponto de reflexão, alguns questionamentos serão cruciais: “Será que você conhece verdadeiramente sua essência?”
Pode até parecer fácil essa tarefa da observação e constatação dos fatos sobre nós mesmos, todavia, o quanto de imaginação e de “achismos” você acredita que pode estar misturado à sua realidade? Quantas vezes você tentou vender uma imagem e soube, mais tarde (ou até mesmo já sabia), que aquele(a) não era você de verdade? A maioria de nós tem a tendência de pensar sobre si imaginando o que deveríamos ser ou que gostaríamos que os outros pensassem que somos. Por isso a tarefa de se conhecer e assumir para si mesmo qual o seu verdadeiro EU é muito complexa e delicada, cheia de armadilhas e desilusões.
Quando passamos a entender quais os artifícios utilizamos para manipular, disfarçar ou proteger nossas reais intenções e opiniões, o autoconhecimento torna-se mais revelador. Desvendar quais são seus mecanismos de defesa e como você busca compreender e responder ao mundo a sua volta, será ao mesmo tempo traumático e libertador. A partir do momento que sabemos como de fato somos e funcionamos, automaticamente aumentamos inteligência emocional, pois teremos maior controle do nosso pensar, sentir e agir. Assim levando-nos a reagir de maneira muito mais adequada e racional às diferentes dificuldades e questões do dia a dia e também facilitando o relacionamento com todos a nossa volta, pois, uma vez que nos conhecemos e nos deciframos, faremos o mesmo com nossos semelhantes.
Um ótimo exercício para iniciar o autoconhecimento, é responder sinceramente as seguintes perguntas:
Mín. 20° Máx. 31°