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Megaoperação no Rio termina com 129 mortos; moradores relatam corpos em áreas de mata

O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (29) que a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha resultou em 119 mortes, sendo 115 suspeitos ligados ao Comando Vermelho e quatro policiais

maurilio fernandes
Por: maurilio fernandes Fonte: INFOMONEY
29/10/2025 às 13h40 Atualizada em 29/10/2025 às 13h50
Megaoperação no Rio termina com 129 mortos; moradores relatam corpos em áreas de mata
Imagem de drone mostra corpos levados a praça no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 29 de outubro de 2025 — Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (29) que a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha resultou em 129 mortes, sendo 115 suspeitos ligados ao Comando Vermelho e quatro policiais. A ação, considerada a mais letal da história do estado, mobilizou mais de 2.500 agentes e tinha como objetivo cumprir 69 mandados de prisão em 180 endereços.

A operação, batizada de Operação Contenção, gerou repercussão intensa após moradores da região afirmarem ter encontrado mais de 70 corpos em áreas de mata na Serra da Misericórdia, zona de confronto entre forças de segurança e traficantes. Muitos desses corpos foram levados à Praça São Lucas, na Penha, ao longo da madrugada. O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, confirmou que 61 corpos foram localizados na mata, mas ainda não esclareceu se todos têm relação direta com a operação.

Durante coletiva, o governador Cláudio Castro classificou a ação como um “sucesso” e afirmou que apenas os quatro policiais mortos são considerados vítimas. Questionado sobre os corpos encontrados por moradores, Castro declarou que o governo só contabiliza óbitos após entrada oficial no Instituto Médico-Legal (IML). “A Polícia Civil tem a responsabilidade enorme de identificar quem eram aquelas pessoas. Eu não posso fazer balanço antes de todos entrarem”, disse.

Além dos mortos, a operação resultou em 113 prisões, sendo 33 de pessoas vindas de outros estados, como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco. Também foram apreendidas 118 armas, incluindo 91 fuzis, além de toneladas de drogas ainda em processo de contabilização.

A Polícia Civil informou que o atendimento às famílias para reconhecimento dos corpos está sendo realizado no prédio do Detran, ao lado do IML do Centro do Rio. Durante esse período, o acesso ao IML está restrito à Polícia Civil e ao Ministério Público. As necropsias não relacionadas à operação estão sendo feitas no IML de Niterói.

A operação segue sob investigação, e uma perícia será realizada para determinar a relação entre os corpos encontrados na mata e os confrontos registrados durante a ação.

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