A Região Metropolitana de Campinas (RMC) enfrenta um cenário preocupante nas rodovias que cortam seus municípios. Dados divulgados pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) apontam um crescimento alarmante de 35% nos acidentes causados por imprudência entre janeiro e 19 de outubro de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Segundo o levantamento, foram registrados 1.948 acidentes neste ano, contra 1.441 em 2024. O número de ocorrências fatais também chama atenção: 45 acidentes resultaram em 47 mortes, evidenciando a gravidade da situação e a urgência de medidas efetivas para conter esse avanço.

Fatores de risco e comportamento imprudente

Especialistas apontam que os principais fatores que contribuem para esse aumento incluem excesso de velocidade, uso do celular ao volante, ultrapassagens perigosas e desrespeito à sinalização. A imprudência, somada ao alto fluxo de veículos nas vias da RMC, tem gerado impactos diretos na segurança viária e na mobilidade regional.

Além dos riscos à vida, os acidentes têm sobrecarregado os serviços de emergência, como o SAMU, Corpo de Bombeiros e equipes de resgate das concessionárias. O tempo de resposta e o atendimento hospitalar também têm sido afetados, especialmente em horários de pico.

Fiscalização e educação como resposta

Diante do cenário, autoridades estaduais e municipais têm intensificado ações de fiscalização, com o uso de radares móveis, blitze educativas e campanhas de conscientização. A Polícia Rodoviária Estadual reforçou o patrulhamento em trechos críticos, enquanto prefeituras da região têm promovido palestras e atividades em escolas para sensibilizar jovens motoristas.

O secretário de Segurança Pública de Campinas, em entrevista ao portal, destacou que “a mudança de comportamento no trânsito é urgente e precisa ser estimulada com educação e punição proporcional. A imprudência não pode ser normalizada”.

Impacto econômico e social

Além das perdas humanas, os acidentes geram prejuízos econômicos significativos. Danos materiais, paralisação de cargas, congestionamentos e aumento nos custos de seguros são apenas alguns dos reflexos sentidos por empresas e cidadãos.

Caminhos para a reversão do quadro

Especialistas em mobilidade urbana defendem a ampliação de investimentos em infraestrutura, sinalização inteligente e tecnologia de monitoramento. A integração entre municípios da RMC também é vista como essencial para ações coordenadas e eficazes.

Enquanto isso, a Artesp reforça que continuará monitorando os índices e trabalhando em conjunto com as concessionárias para garantir mais segurança nas rodovias. A meta é reduzir os acidentes e salvar vidas, promovendo um trânsito mais humano e responsável.

A sociedade civil, por sua vez, é chamada a participar ativamente desse processo, adotando atitudes conscientes e cobrando políticas públicas que priorizem a segurança viária. Afinal, cada escolha no trânsito pode representar a diferença entre a vida e a tragédia.