Pelo menos 1,8 milhão de crianças que frequentam escolas de ensino básico no Brasil apresentam algum distúrbio de aprendizagem, segundo o Censo Escolar do MEC (Ministério da Educação).
O que para os pais pode parecer preguiça ou uma simples distração em sala de aula, muitas vezes, são sinais de um distúrbio que precisa do acompanhamento de profissionais especializados para que a criança aprenda a ler, escrever e fazer cálculos sem prejuízo para o seu desenvolvimento.
O alerta é da neuropsicóloga Beatriz Filliettaz, fundadora do Instituto Unicamente, especializado em desenvolvimento infantil, com unidades em Campinas, Hortolândia e Monte Mor.
De acordo com Beatriz, existem vários tipos de distúrbios de aprendizagem. Os mais comuns são a dislexia, a discalculia e a disgrafia. A dislexia é um distúrbio de aprendizagem que afeta a leitura. A gravidade varia em cada criança, mas pode afetar a fluência da leitura, a decodificação, a compreensão, a recordação, a escrita, a ortografia e, às vezes, a fala.
Já a discalculia, interfere na capacidade da criança de aprender a matemática. Ela pode ter dificuldade em compreender os símbolos matemáticos, memorizar e organizar números ou problemas para contar.
No caso do transtorno de disgrafia, a criança apresenta dificuldades de escrita e nas habilidades motoras finas. Os problemas incluem letra ilegível, planejamento espacial inadequado no papel, ortografia ruim e dificuldade em compor a escrita.
"Para aprendermos, é necessário que nosso cérebro realize uma série de conexões entre as suas diversas áreas, que compreende processos como atenção, percepção, memória, simbolização e conceituação.
Para quem tem um transtorno de aprendizagem, há um bloqueio em algum desses processos e a pessoa precisa de ajuda para superar essa dificuldade específica”, explica a neuropsicóloga.
A especialista observa que os professores costumam ser os primeiros a identificar sinais de distúrbios de aprendizagem na criança e a comunicar aos pais. “Para confirmar a suspeita, o primeiro passo é a realização de uma avaliação neuropsicológica.
A partir da aplicação de diversos testes para avaliar cada função do cérebro chega-se ao diagnóstico de que se a dificuldade em aprender é um distúrbio ou não. O diagnóstico precoce é fundamental para ajudar no desenvolvimento dessas crianças”, orienta Beatriz.
Caso seja confirmado o transtorno de aprendizagem, o neuropsicólogo encaminha a criança para o cuidado de outros profissionais, de acordo com a necessidade identificada nos testes. “Se a criança tem dificuldade de leitura, comunicação verbal, por exemplo, encaminhamos para um fonoaudiólogo. Se a dificuldade for sensorial, o apoio de um terapeuta ocupacional será bem-vindo.
Se a dificuldade for pedagógica, é preciso o acompanhamento de uma psicopedagoga. Caso seja comportamental, encaminhamos para um psicólogo. E, assim, vamos trabalhando para o desenvolvimento da criança”, exemplifica a especialista.
SINAIS DE ALERTA
Beatriz orienta educadores, pais e familiares a ficarem atentos a alguns sinais que podem indicar distúrbio de aprendizagem:
- A criança lê e não memoriza;
- Não consegue interpretar um problema de matemática;
- Tem dificuldade em lembrar informações ou em recordar fatos recentes;
- Não consegue contar sobre o conteúdo aprendido na rotina escolar;
- Apresenta dificuldade para copiar a lição e fica atrasada em relação às outras crianças.
“Geralmente, os alunos com bloqueios para assimilar os conteúdos da escola sofrem com algum tipo de barreira cultural, cognitiva ou até mesmo emocional. Não é preguiça ou distração. São crianças focadas na explicação do professor, dedicadas, mas, que enfrentam dificuldade para aprender e precisam de ajuda profissional”, assinala Beatriz.
A neuropsicóloga observa que estudos já mostram que a exposição excessiva de crianças a telas como televisão, tablet, smartphone, dentre outros, podem diminuir a capacidade de concentração, dificultar a aprendizagem e prejudicar o desenvolvimento de habilidades cognitivas essenciais, como resolução de problemas e pensamento crítico, essenciais no processo de aprendizagem na escola. “As crianças precisam ficar longe das telas e brincar mais.
As brincadeiras estimulam o pensamento abstrato, a resolução de problemas, a memória e a concentração, habilidades essenciais para o aprendizado”, recomenda.
SOBRE O INSTITUTO UNICAMENTE
O Instituto Unicamente (www.institutounicamente.com.br) é uma clínica especializada em atendimento infantil nas áreas de psicologia, neuropsicologia, psicopedagogia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, com unidades em três cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas): Campinas, Hortolândia e Monte Mor. O Instituto trabalha com a terapia ABA, altamente reconhecida para o desenvolvimento neurocognitivo de crianças com TEA.
Com estrutura moderna e um quadro de profissionais altamente qualificados, o Instituto Unicamente está preparado para ajudar no desenvolvimento de crianças com transtornos de aprendizagem, deficiência intelectual, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), TEA (Transtorno do Espectro Autista), dentre outros distúrbios comportamentais, com acolhimento humanizado e orientação aos familiares.
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