A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (16), uma operação contra uma organização criminosa especializada em roubo violento de cargas e caminhões, além de lavagem de dinheiro, na região de Campinas (SP). A ação também inclui o bloqueio de bens no valor de R$ 1,7 milhão, conforme determinação judicial. Segundo a investigação, a quadrilha teria cometido pelo menos 22 crimes entre 2023 e 2024, com foco na subtração de cargas de combustível e bebidas.
A operação cumpre 19 mandados de prisão temporária e 22 de busca e apreensão em imóveis comerciais e residenciais localizados em Paulínia (SP), Campinas, Hortolândia (SP) e Limeira (SP). Aproximadamente 120 policiais federais participam da força-tarefa, que conta com o suporte de 35 agentes da Guarda Municipal.
Entre os alvos da investigação estão adegas e transportadoras, locais suspeitos de serem utilizados para ocultação de bens roubados e lavagem de dinheiro. Sete pessoas já foram presas, sendo que seis delas receberam mandados dentro do sistema prisional, onde já cumpriam pena.
Investigação e método de atuação
O trabalho da Polícia Federal de Campinas, que mantém um grupo especializado no combate ao roubo de cargas e caminhões, teve início em abril de 2023. As investigações indicam que a quadrilha era liderada por um morador de Paulínia (SP), responsável por recrutar criminosos para os assaltos.
Os roubos geralmente eram realizados por três integrantes do grupo, que abordavam motoristas de caminhões em movimento ou em locais de descanso. As vítimas eram mantidas em cativeiro até que a carga fosse transferida e o veículo, encaminhado para outros destinos.
Entre fevereiro de 2023 e dezembro de 2024, foram registrados 22 assaltos em diversas cidades da região, incluindo Americana, Campinas, Cosmópolis, Jaguariúna, Limeira, Mogi Mirim, Monte Mor, Paulínia e Sumaré.
Nome da operação e possíveis penas
A ação foi batizada de "Operação Baiuca", em referência ao termo que significa "bar ou botequim", relacionado aos estabelecimentos usados para destinação dos produtos roubados. Os investigados poderão responder por crimes como organização criminosa, roubo e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 40 anos de prisão.
Cumprimento dos mandados foram em Campinas, 1 pessoa presa;
Em Hortolândia, foram 6 pessoas presas;
Em Limeira, 1 pessoa presa;
Em Paulínia, formam 7 pessoas presas.
Parte dos detidos já havia sido presa anteriormente por roubo de cargas, caminhões e tráfico de drogas. A operação representa um esforço das autoridades para desarticular atividades ilícitas e bloquear recursos financeiros utilizados pela quadrilha.
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